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Barreira ecológica pretende evitar ida de lixo ao Guaíba em Porto Alegre


Inaugurado nesta segunda-feira (28), um sistema chamado de ecobarreira foi instalado no Arroio Dilúvio, em Porto Alegre, para conter o avanço de lixo flutuante para as águas do Guaíba. A estrutura foi montada na Avenida Ipiranga, entre a Borges de Medeiros e a Edvaldo Pereira Paiva.


A barreira ecológica atravessa o arroio de um lado ao outro. Uma gaiola serve de armadilha, e será içada levando resíduos para superfície. Estes materiais, além de comprometerem o paisagismo, retém águas das chuvas, permitindo a proliferação de vetores.


“O que vier a ser feito neste projeto, poderá ser estendido a outras bacias hidrográficas da cidade, principalmente no tocante às ações educativas”, destaca o diretor-geral do Departamentos de Esgotos Pluviais (DEP), Tarso Boelter.

A construção começou em janeiro deste ano, e os testes operacionais, de acordo com a prefeitura, serão iniciados em breve.

O trabalho será dividido. Caberá ao DEP fiscalizar a operação do equipamento e sua eficácia. O Departamento de Limpeza Urbana (DMLU) deverá coletar e identificar os tipos de resíduos retirados sempre que necessário, e será responsável pelo translado dos containers com os materiais retirados.


À Safeweb, criadora do projeto, cabe a implantação do sistema, execução técnica e manutenção do serviço. O engenheiro ambiental responsável pela execução da obra é Gino Gehling, professor de Resíduos Sólidos e Sistema de Água e Esgoto do IPH da UFRGS.


A Safeweb implantou a estrutura, em um investimento de R$ 250 mil na obra civil. Conforme a prefeitura, a barreira ecológica deverá operar por um máximo de cinco anos, conforme acordo previsto. Ao fim do primeiro ano de funcionamento, a administração municipal optará por desativar a obra, ou mantê-la em operação até o fim do quinto ano, caso julgue-a adequada.

Responsável pela dragagem do Arroio Dilúvio e dos demais arroios de Porto Alegre, o DEP retirou, somente em 2015, 71 mil toneladas de material como lodo, areia e entulhos do leito nas ações que realizou.


A dragagem é necessária para facilitar o escoamento das águas das chuvas em direção ao Guaíba, evitando o transbordamento do córrego e alagamentos. O trabalho é feito ao longo dos quase 12 quilômetros de extensão do Dilúvio e consiste na remoção do sedimento acumulado devido à grande quantidade de despejo que os afluentes descarregam no arroio.

Nesta segunda-feira (28), uma nova etapa dessa limpeza será feita, com equipe de 25 garis e caminhões de apoio.


Conforme o Novo Código de Limpeza Urbana, jogar, descartar ou abandonar resíduos nas margens ou dentro de rios, córregos e arroios é considerado multa gravíssima, e o infrator fica sujeito à multa de até R$ 5.256,14.

Em 2013, 2014 e 2015, foram retiradas 267, 200 e 65 toneladas de resíduos respectivamente, de materiais como pneus, garrafas pets, sofás, sacolas plásticas, chinelos, sapatos, carrinho de bebê, cadeiras de rodas, piscina plástica, fogão, geladeira, carcaça de computador, de televisor, de ventilador e de orelhão, embalagens longa vida, roupas, colchões, isopor, lonas, mamadeira, bicicletas, panelas, canos de PVC, vasos de plantas e até uma banheira de hidromassagem.


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